8.1.07

Insisto na necessidade de segredar.

28.12.06

SLENDER, STUNNING, and approachable, with great legs. Smart and fun to talk to. Radiates warmth, an appealing confidence, and an ease about life. Friendly and outgoing, former academic turned successful business owner. Feet on the ground, refreshingly unpretentious, game for new adventures. Nuts about travel, language study, tennis, spicy tuna roll at Sushi Roku in Santa Monica, little Mexican restaurants, Aero theater, cooking at home, exploring Barcelona or Emilia Romagna, world music (especially Latin), playing piano and guitar with friends, reading Vargas Llosa. Seeks smart, kind, enthusiastic, man,
52–67.
@yahoo.com; (000) 888-8888.

(Fonte: Personal Services - The New York Review Of Books)

18.12.06

Estamos realizando labores de mantenimiento
Disculpen las molestias. Gracias

16.12.06

Só se é verdadeiro ao fim da noite. Quero dizer: ninguém se conhece se nunca tropeçou no candeeiro da própria rua.

11.12.06

Estou à espera de um renascimento do grunge.

6.12.06

seja responsável, beba pela moderação.

3.12.06

Se ninguém se mexer, o mundo fica a parecer um assalto.

30.11.06

para grandes males grandes remédios:

versos em pequeno na cabeça das ideias em coisas vagas.

27.11.06

hoje, dia de todos os demónios
irei ao cemitério onde repousa Sá-Carneiro
a gente às vezes esquece a dor dos outros
o trabalho dos outros o coval
dos outros


ora este foi dos tais a quem não deram passaporte
de forma que embarcou clandestino
não tinha política tinha física
mas nem assim o passaram
e quando a coisa estava a ir a mais
tzzt... uma poção de estricnina
deu-lhe a moleza foi dormir


preferiu umas dores no lado esquerdo da alma
uns disparates com pernas na hora apaziguadora
herói à sua maneira recusou-se
a beber o pátrio mijo
deu a mão ao Antero, foi-se, e pronto,
desembarcou como tinha embarcado


Sem Jeito Para o Negócio



MÁRIO CESARINY

26.11.06

Quando lhe perguntaram o que era isso de ser um homem latino, ele não se intimidou. Era mesmo latino.

Sabia perfeitamente que no mundo latino as perguntas levam sempre à filosofia, nunca se ficam por coisas, digamos, mais sensíveis como: tens ido à feira de carcavelos?

A história, apesar das aporias ("então não a punha..."), acabou bem.
Ich liebe dich nicht, du liebst mich nicht, da da da

24.11.06

You can´t be funky if you haven´t got a soul.
Se casar, em vez dum bouquet de flores levo um ramo de salsa.

22.11.06

Tenho andado a dormir a recibos verdes.

19.11.06

O seu amor parecia o Vienna Concert — shaken but not stirred.

17.11.06

o ilusionista vê pelo umbigo a luz desatada do segredo
e alguém aplaude que a desilusão enfeitiça...
Um duende nipónico, cabeça ligeiramente inclinada para o lado, desatando às flores o umbigo — um instigador de segredos.

16.11.06

agora que deixas esta casa onde nascemos,
esta rua será sempre secreta
e um homem sentado ao acontecer da noite dirá:

"são ainda as tuas mãos que aliciam a perplexidade
da infância num desenho a cores"
Agarrei-me ao que podia, para começar. Depois, sequei algumas palavras e as ruas começaram a abrir-se. Fartei-me de andar. Quero dizer, sobre as águas. Fartei-me de sair da aflição.

14.11.06

somos apenas o silêncio conceptual
desse labirinto que é a matéria do sono.

o que acordamos de dia para dia
é apenas a insónia de um plágio.

13.11.06

Piquenas máximas termostáticas:

1) Transsexual é uma pessoa que se transforma na cama.
2) Confirma-se: há pessoas que pela frente são uma coisa e por trás são outra.
3) Amemos as pessoas que dançam com a mão no ridículo.
O que te safa do cancro do pulmão é esse sorriso indescritivel.

11.11.06

Adventus:

Qual é o mapa da nossa ficção?
Adversus:

Fomos os estrategas do desejo no rascunho do nosso corpo.
O advérbio de qualquer modo é um desnível na cidade, algo que se ultrapassa assinando por baixo e acrescentando: mente.

9.11.06

o manifesto do teu nome será esse poema
dos quotidianos actos de uma lâmpada.

7.11.06

Avivam-se as estrelas incendiárias ao céu da boca,
grandes incêndios falam do que vêem arder...
É polémico que se possa escrever. É polémico que haja cordas. É polémico que um homem e uma mulher possam ver-se.
Não há corda que se torça mais do que esta,
a que estrangula o teu coração.

6.11.06

A janela escancarada pelo relâmpago, os tambores permanentes — vivemos o frio da navalha.

5.11.06

Movo um lugar de silêncio.

3.11.06

Há coisas que não chegam nunca a ser.
as coisas são só exactamente o que delas dizemos.
o resto, somos nós a entornar copos e a desordená-los
na boca para que as palavras não faltem.
Respira, repara no relógio que parou, respira, respira, o contra-relógio não pára.

2.11.06

abro a porta ao desastre do meu corpo.
estou inocente.
E mantém-se imóvel, no sofá, como que
pedindo tempo para sarar a sua ferida.
porque percorremos tantos dias sem sair daqui?
Há na vulgaridade um gosto amargo a felicidade.
Deixei de conseguir imaginar o sono fora do teu corpo.
nesta hora há: que a imagem a

c
a
i
r

do sono é ainda mais nítida...

1.11.06

o crime era esse, desviares-te da morte para o abismo dos dias.
A testemunha, a meio do crime, mordida por um lacrau.
No retrovisor do desastre eu vi um amor que chegava.